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Mudanças climáticas ainda são desconhecidas por 34% dos brasileiros, aponta pesquisa promovida pela Tereos

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Realizada em parceria com Instituto Datafolha, pesquisa mostra que apenas 17% dos entrevistados se consideram bem-informados sobre o tema e destaca caminhos para enfrentar os desafios climáticos no Brasil

São Paulo, janeiro de 2025 – Apesar de o Brasil ser a sede da COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) em 2025, 34% dos brasileiros desconhecem o que são as mudanças climáticas, enquanto 7% se consideram mal-informados sobre o tema. Essas são algumas das descobertas de pesquisa realizada pela Tereos, uma das líderes na produção de bioenergia, etanol e açúcar no país, em parceria com o Instituto Datafolha.

A desinformação é especialmente alta entre as classes D e E, alcançando 54% desse grupo. O levantamento, realizado no fim de 2024, destaca que, apesar da crescente preocupação com as questões ambientais, a falta de informação se apresenta como um grande obstáculo para a construção de uma economia de baixo carbono.

Por desconhecerem o que as mudanças climáticas representam, os brasileiros também não sabem como colaborar no dia a dia para reduzir a emissão de GEE (gases de efeito estufa) e enfrentar o aquecimento global. De acordo com a pesquisa, 51% dos respondentes disseram não saber como podem contribuir.

No entanto, ao serem questionados sobre ações para cuidar do futuro do planeta, 55% apontaram ações de preservação ambiental como as mais importantes, enquanto 29% citaram o descarte correto de resíduos e lixo e, 15%, o uso consciente da água.

A pesquisa questionou, ainda, de quem deve ser a responsabilidade no combate às emissões de gases de efeito estufa (GEE). Para 32% dos brasileiros, cabe ao governo, incluindo administrações federal e regionais, liderar os esforços. Outro grupo, também de 32%, acredita que a sociedade como um todo deve assumir a responsabilidade, destacando a relevância da ação coletiva. Já 22% dos entrevistados veem as indústrias como principais responsáveis.

As indústrias que investem em seus processos para minimizar impactos ambientes são vistas por um em cada três respondentes, ou 34% da amostra, como empresas comprometidas com o meio ambiente. Em relação às soluções que as empresas podem adotar para mitigar as mudanças climáticas, medidas como controle do desmatamento e incentivo ao plantio de árvores (41%), investimentos em energias renováveis (35%) e redução do uso de combustíveis fósseis (34%) foram consideradas essenciais.

Como opção para reduzir a utilização dos combustíveis fósseis, a pesquisa evidenciou que os brasileiros reconhecem o etanol como um combustível limpo, sendo mencionado por 51% dos entrevistados. Por outro lado, mais de 20% dos entrevistados citaram a gasolina (14%) e o diesel (8%) como exemplos de combustíveis limpos, mostrando que falta informação sobre o assunto.

Felipe Mendes, diretor de Sustentabilidade, Novos Negócios e Relações Institucionais da Tereos, reforça a relevância dos resultados da pesquisa para subsidiar políticas públicas e campanhas educativas. “Apesar de um aumento na conscientização sobre mudanças climáticas, a pesquisa mostra que ainda há uma distância entre o discurso e a prática. Esse é um momento para unir esforços entre governo, sociedade e setor privado, transformando a preocupação em ações concretas. Para mudar o cenário, o conhecimento é essencial — ele representa o ponto de partida para uma transformação real e sustentável”, destaca.

O papel do agronegócio na percepção dos brasileiros

O estudo também abordou o impacto do agronegócio nas emissões de GEE. Segundo os dados, 38% dos brasileiros acreditam que a agricultura nacional emite grandes quantidades de GEE, enquanto 29% consideram essa emissão moderada. Apesar disso, somente 4% entendem que o setor agrícola brasileiro deve ser o principal responsável pelo combate às emissões de GEE no país.

Além disso, há um consenso sobre a importância do setor: 89% dos entrevistados concordam que o Brasil deve buscar reconhecimento como exemplo de agronegócio sustentável, equilibrando produção e preservação ambiental. Além disso, 76% reconhecem o papel fundamental do agro na economia local, reforçando a necessidade de aliar desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental.

“O agro é uma alavanca poderosa para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Na Tereos, estamos comprometidos em liderar pelo exemplo, com metas validadas pelo SBTi e ações concretas que conciliam produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. Queremos mostrar que é possível transformar compromissos em práticas reais”, finaliza Mendes.

A pesquisa ouviu 2.009 pessoas, em todas as regiões do Brasil, e tem margem de erro de 2 pontos percentuais.