Quais são as novas tendências no consumo alimentar?

1/ O orgânico em crescimento vertiginoso

O mercado alimentar mundial de alimentos orgânicos está em plena expansão. Em 2017, a Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica (IFOAM) estimava esse mercado em 90 bilhões de euros, em comparação com cerca de 11 bilhões de euros em 1999 (quase nove vezes maior). Ele poderá atingir 320 bilhões de dólares em 2025*.

* Boletim de imprensa do SIAL 2018

2/ A tendência ao “sem” e ao “menos” 

Os consumidores buscam por produtos com menor teor de açúcar e procuram cada vez menos os produtos “industrializados”, como sucos de frutas processados. Da mesma forma, frequentam menos os fast foods. 

3/ A saúde e as fibras 

Os consumidores estão cada vez mais atentos ao que consomem, por razões de saúde. Produtos à base de probióticos (complemento alimentar para o equilíbrio intestinal) e de fibras prebióticas são cada vez mais privilegiadas, a fim de preservar a flora intestinal (microbiota).

4/ Uma alimentação mais local e regional 

Os consumidores procuram cada vez mais produtos locais! Os chamados “locavores” consomem, na maior parte das vezes, produtos cultivados em um raio de cerca de 150 km em torno de seu domicílio. Essa prática permite consumir produtos da estação, valorizar o trabalho dos produtores locais e agir em prol do meio ambiente, reduzindo o transporte.

5/ A descoberta de novos sabores

Os consumidores querem viver experiências sensoriais, sair de sua zona de conforto e testar novos sabores. 62% dos consumidores gostam de descobrir novos produtos**.

**Source Grand View Research

6/ Os snacks 

As categorias de alimentos têm tendência a se “snackificar”, e o setor agroalimentar desenvolve soluções com formatos práticos para levar para a escola, o trabalho etc. Os Millennials (geração de pessoas nascidas entre 1980 e 2000) são os principais interessados pelos snacks: 63% deles trocam refeições por lanches ou salgados, por falta de tempo***.

***Recherche Innova Market Insights.

7/ Saudáveis e conectados

Agora, os consumidores podem controlar a qualidade dos ingredientes e a quantidade de seus alimentos. A inteligência artificial é hoje capaz de interpretar o conteúdo de um prato. Aplicativos foram desenvolvidos para orientar e acompanhar os consumidores em seu consumo alimentar cotidiano.

Existem inúmeros aplicativos, como Yuka, Smartplate, ou ainda Foodvisor, que analisa a refeição a partir de uma simples foto. Graças à deep learning (ramo da inteligência artificial), o aplicativo reconhece os alimentos no prato, estima sua quantidade e fornece os valores nutricionais. 

8/ Rumo ao fim do plástico e das embalagens 

Os consumidores estão adotando atitudes mais ecológicas. Além do desejo de reduzir o uso do plástico, os consumidores querem diminuir os resíduos e reaproveitar os resíduos orgânicos (biorresíduos), utilizando cada vez mais tecnologias de reciclagem, biodegradabilidade e compostagem.